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AS ESSÊNCIAS FLORAIS E A RINITE ALÉRGICA

Aguinailda Maria Rosa

Espirros, secreção nasal aquosa, congestão e coceira no nariz, tosse seca, olhos lacrimejando? Muito provavelmente você está com Rinite Alérgica!A Rinite Alérgica é uma das afecções mais comuns das vias respiratórias, atingindo em média 20% da população mundial. Caracteriza-se por reações alérgicas decorrentes da hipersensibilidade que algumas pessoas têm a determinadas substâncias (alérgenos), as quais vão desencadear processos inflamatórios nas mucosas nasais.

Os alérgenos mais conhecidos são a poeira doméstica, fungos, ácaros, pólen e pêlos de animais. O contato com a substância provoca a sensibilização que estimula a produção de anticorpos alérgicos (reaginas), culminando nos sintomas acima mencionados.

Raramente, a rinite aparece em listas de causas de mortalidade mas pode, em decorrência da repetição dos sintomas ou da maior gravidade dos mesmos, possibilitar afecções mais severas no sistema respiratório como um todo, abrindo espaço para outras patologias mais graves e limitantes.

O tratamento que a medicina alopática oferece - orientações ao paciente para evitar contato com os alérgenos e prescrição de drogas medicamentosas - além de atingir somente os sintomas, proporciona o surgimento de efeitos colaterais sérios.

Para se obter êxito no tratamento das rinites é necessário compreender as causas primárias que levam a pessoa a desenvolver hipersensibilidade a determinadas substâncias.

À luz da medicina psicossomática e de várias correntes psicológicas, a reação alérgica que os "riníticos" desenvolvem é a expressão física de sua resistência em entrar em contatos com certos conteúdos psicoemocionais por eles reprimidos, conteúdos esses, simbolizados pelas substâncias que lhes provocam a reação alérgica. Em outras palavras, os conteúdos simbólicos que os alérgenos encerram, vão "lembrar" essas pessoas aspectos de sua psique que elas não querem acessar, daí a reação desproporcional.

Ao fazer uma rápida leitura simbólica dos principais alérgenos, Dalke e Dethlefsen (autores do livro "A doença como caminho") colocam que o pólen, assim como as sementes oleagenosas "são símbolos da fecundidade e da reprodução"; os pêlos de animais simbolizam o amor (a despeito de sua característica animalesca, são macios e gostosos de sentir e pegar) e possuem conotação sexual; o pó domiciliar e a barata vão lembrar sujeira. E concluem que estas substâncias, enquanto fatores alérgenos, são representantes simbólicos dos temas: amor, sexualidade, fertilidade e da dificuldade de lidar com "defeitos internos".

Para os alérgicos esses temas estão carregados de ansiedade. Traz tanto temor e medo que são identificados como perigosos e, por isso, resistem psiquicamente contra o acesso destes à mente consciente. Da mesma forma, a resistência física (através do Sistema imunológico) reage de maneira agressiva contra seus representantes simbólicos externos - os alérgenos. Aliás, a agressividade é o componente psíquico reprimido básico e comum a todos que desenvolvem processos alérgicos. Na minha prática, percebo que o uso das essências florais tem contribuído e muito para a eficiência e eficácia do tratamento de pessoas com rinite alérgica, já que atuam ajudando a trazer esses conteúdos à consciência, criando assim, condições para poder elaborá-los e integrá-los de maneira equilibrada.

Para ajudar a equilibrar o excesso de sensibilidade, pode-se pensar nas essências: Yarrow (Califórnia) para que os "riníticos" se mantenham sensíveis, porém protegidos; Walnut (Bach) ajudá-los a entender o por que de sempre se desequilibrarem por uma influência externa; Corn (Califórnia) para reações alérgicas onde há "privação sensorial"; Boab (Australiano) quando há antecedentes familiares de casos de hipersensibilidade a alérgenos ou qualquer tipo de alergia.

Importante frisar que cada ser é um ser; daí a importância de se consultar um profissional competente, capaz de auxiliar na escolha das essências que melhor podem ajudar no seu caso.