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OS FENÔMENOS MEDIÚNICOS - (PARTE 2)

Sandy

É interessante conhecermos os tipos de mediunidade existentes, sendo que um médium poderá ter não necessariamente somente uma delas, pois existem aqueles que possuem um ou mais tipos destas faculdades simultâneas em maior ou menor grau de intensidade.
Foi feita uma classificação da mediunidade pela Doutrina Espírita que é a seguinte:

Médiuns de efeitos físicos - Podem ser divididos em dois grupos: os facultativos ou conscientes - que têm consciência dos fenômenos por eles produzidos e os involuntários ou naturais - que são inconscientes de suas faculdades, mas são usados pelos espíritos para promoverem manifestações fenomênicas sem que o saibam.
Estes últimos por terem a faculdade de produzir efeitos materiais ostensivos, foram os médiuns que contribuíram grandemente para a divulgação das idéias espíritas e foram os responsáveis pelo advento do espiritismo, pois suas manifestações chamavam a atenção das pessoas para o fenômeno. Os fenômenos são de ordem material, como movimento de objetos inertes, ruídos, voz direta, curas fenomênicas, transportes, levitação de corpos, interferências em contatos por instrumentos eletrônicos como TCI e EVP, e outros.

Médiuns de efeitos intelectuais - São os médiuns que produzem comunicações inteligentes, de conseqüências morais e filosóficas. Através deles podemos receber informações das dimensões invisíveis e particularidades do modo de vida dos seres espirituais.

E assim teremos:

Médiuns sensitivos ou impressionáveis - São pessoas suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão.
Esta faculdade pode se tornar tão sutil, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, a natureza do espírito que se aproxima.

Médiuns audientes - Estes ouvem a voz dos Espíritos. Este fenômeno manifesta-se algumas vezes como uma "voz interior"; outras vezes, dá-se como uma voz exterior, semelhante a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversação com os Espíritos. Quando habituado a se comunicar com determinados espíritos, eles os reconhecem imediatamente pela natureza da voz . Esta faculdade é muito agradável quando o médium só ouve espíritos bons e perturbadora quando um espírito malígno o assedia com freqüência, tendo que ouvir coisas desagradáveis e não raro inconvenientes. Neste caso já se instalou a "obsessão".

Médiuns falantes - O médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e muitas das vezes com uma inteligência que não é a sua. Alguns guardam lembrança do que dizem, mas alguns têm a intuição do que dizem, no momento mesmo em que pronunciam as palavras.

Médiuns videntes - Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns possuem essa faculdade em estado normal quando acordados e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. Na categoria dos médiuns videntes podem ser incluídas todas as pessoas dotadas de "dupla visão", tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos. A vidência consiste na possibilidade mais ou menos freqüente de ver os espíritos, embora varie de intensidade.

Essa faculdade varia de médium para médium e uma mesma visão pode ser captada de forma diferente por outro médium.

Médiuns sonambúlicos - O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio espírito. É sua alma que nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O estado de emancipação da alma facilita essa comunicação entre o médium e os espíritos. Muitos vêem perfeitamente os espíritos e os descrevem com precisão, como os médiuns videntes.

Médiuns curadores - Esta mediunidade consiste principalmente no dom de curar pelo simples toque, pelo olhar, ou mesmo por um gesto, sem o uso de qualquer medicação. É através do magnetismo que este fenômeno se dá. O fluido magnético desempenha neste tipo de mediunidade um importante papel. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. Muitos médiuns curadores recorrem à prece ou a evocações.

Médiuns escreventes ou psicógrafos - Para o médium, a faculdade de escrever é a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício e é a mais comum. Transmitem as comunicações dos espíritos através da escrita e são subdivididos em:

Médiuns Mecânicos: Não têm consciência do que escrevem e a influência do pensamento do médium na comunicação é quase nenhuma. Como há um grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica, a idéia do espírito comunicante se expressa com maior clareza. E o médium psicografa mensagens complexas mesmo conversando com outras pessoas, totalmente distraído do que esta se escrevendo.

Médiuns Semi-mecânicos: A influência da entidade comunicante sobre as faculdades mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns psicógrafos.

Médiuns Intuitivos: Recebem a idéia do espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os recursos de suas próprias possibilidades morais e intelectuais. Temos aí se observarmos então o fenômeno que chamamos "canalização" pois tudo se dá mentalmente.