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O RETORNO DA DEUSA

Malu Lobo

Evidências arqueológicas, antropológicas e históricas revelam e comprovam que a mulher foi o centro da vida humana e espiritual durante milênios.
A adoração à Deusa foi a primeira religião estabelecida pelos seres humanos. Muitas evidências arqueológicas (estátuas, amuletos, cerâmicas, pinturas nas cavernas e outras imagens que indicam a veneração à Deusa) foram descobertas comprovando a existência de um culto primordial, no qual a Divindade Criadora Feminina era adorada.
Os estudos arqueológicos relatam que as sociedades matrifocais eram pacíficas e harmoniosas - Sociedade Harmônica. Os Celtas vivenciaram uma sociedade híbrida e equilibrada, na qual a mulher gozava de muitos direitos e era também respeitada. Homens e mulheres compartilhavam tudo com direitos iguais. Mulheres eram guerreiras (Morrighan), rainhas (Maeve), poetisas (Brighid), druidesas (Macha) e sábias (Cerridwen). Restabelecer o equilíbrio entre masculino e feminino, como diz Maeve, é a chave para um futuro melhor.
A fusão dos Ritos da Deusa com a Cultura Celta formatou nossos ritos atuais, trazendo para nossa Roda o equilíbrio perfeito entre o masculino e o feminino, conexão Céu e Terra e a fusão essencial de nossos ciclos com os ciclos da Terra. O patriarcado passou dois milênios espalhando terror e violência por toda a Terra. O esquecimento do Sagrado Feminino na vida moderna gerou a vida desequilibrada, uma situação marcada por guerras e violência e um desrespeito crescente à Mãe Terra e a todos os Seres.
Em março de 2005, no Havaí, a Matriz da Deusa foi ancorada e ativada no Planeta. O caminho foi aberto para a Terra, para mais uma vez, receber as completas e poderosas transmissões da energia do Divino Feminino, que emanam do Centro Galáctico.
Esta nova rede conhecida por Rede do Paraíso, Rede da Deusa ou Matriz da Deusa, facilitará a completa transmissão da energia do Divino Feminino dentro do novo sistema da Rede de Cristal de Quinta Dimensão da Terra. Este importante canal para a energia da Deusa foi supervisionado e orientado pelas Deusas Kuan Yin - boddhisatva da Compaixão e responsável pela manutenção da energia feminina no Planeta; assistida por Maat - deusa egípcia responsável pela manutenção do equilíbrio cósmico a nível galáctico, planetário e individual; Ísis - deusa egípcia que representa a Grande Mãe e Pele, a grande Deusa Havaiana do Fogo, cuja especial função foi de ancorar a Rede da Deusa dentro da Terra, no Havaí, e depois assegurar que ela fosse transmitida para o resto do Planeta.
Este processo de assegurar que a Rede da Deusa fosse ancorada dentro da Rede Planetária foi também supervisionado pelas Taras, boddhisatvas tibetanas.
A Tara Branca trabalhando com os humanos para alinhar as suas energias aos níveis de sensibilidade e claridade exigidas para manter a Rede, e a Tara Verde, trazendo de volta às mentes e corações dos humanos que estavam prontos, o sentido de serviço e cuidado do Planeta que é uma função da consciência Humana de Nona Dimensão.
Essa Matriz da Deusa ancora o Raio Laranja-Rosa, trazendo à humanidade a consciência do Amor Incondicional com Sabedoria Divina e abrindo os canais para a energia do Sagrado Feminino fluir na sua total expressão.
Com o despertar dos homens e mulheres para o Sagrado Feminino, os valores femininos estão novamente sendo inseridos em nossa sociedade. Com isso, há o resgate do prazer, da liberdade, da solidariedade, do amor ao próprio Eu, do amor ao próximo, da não-competição, da união e do respeito à natureza e a todos os Seres. Talvez essa seja a única chance que a nossa espécie tenha de continuar viva, vivendo em paz e harmonia com a nossa Mãe Terra e realizando o casamento sagrado entre Céu e Terra, Deusa e Deus, Feminino e Masculino. O Retorno da Deusa e do Divino Feminino tem sido um fator chave no reequilíbrio da energia do Planeta.
A sociedade e a cultura patriarcal enfatizaram a lógica e o raciocínio em detrimento do conhecimento intuitivo. Ao nos reconectarmos com o Sagrado Feminino precisamos reaprender ou relembrar maneiras diferentes para acessar fontes de informações ancestrais ou espirituais que nos foram proibidas durante muito tempo. Uma forma simples é nos conectarmos com os ciclos da Terra e do Universo, permitindo assim uma melhor compreensão do nosso próprio ciclo, do Eu interior e de nosso propósito cósmico. Com isso, a consciência é expandida não só para fora, mas também para dentro, removendo e transformando os padrões enraizados pela cultura patriarcal. Quando permitimos esse acesso interior, conectamos com nossa força divina, nossos canais se abrem, nossa intuição aflora e nos tornamos um canal de LUZ E AMOR da Deusa. A hora é essa. Vamos despertar para a nova Consciência Planetária!!!