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NOSSOS AMIGOS ANIMAIS
O NATAL SEM CRUELDADES

Chara

"Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem."
LEONARDO DA VINCI

Uma importante questão que não pode deixar de ser lembrada por todos os que se preocupam com o respeito à vida e a dignidade dos animais é a produção, em escala industrial, de carne e derivados. O consumo da carne, a realidade das fazendas de criação de animais de abate e o vegetarianismo são assuntos que, em breve, estaremos abordando mais detalhadamente. Por enquanto, aí vão algumas informações e sugestões que consideramos úteis a todos que desejem viver o verdadeiro espírito natalino.

Ao contrário da imagem de saúde e alegria que nos é passada pelos grandes meios de comunicação em comerciais de produtos alimentícios, a verdadeira face dos frigoríficos é de uma brutalidade chocante. As condições em que são mantidos e abatidos os animais de consumo são extremamente cruéis e até mesmo imorais. Os porcos e aves são criados em pequenos espaços, onde mal podem mover-se. Acorrentados pelo pescoço, os suínos não têm a menor liberdade de movimento, ficando muitas vezes feridos pelo chão de cimento ou gradeado, que facilita a limpeza das fezes. Como eles, as aves não podem mover-se além de alguns centímetros, chegando mesmo a pisotearem umas às outras. Para evitar a mutilação entre elas, muito freqüente dada à situação de stress em que vivem, os pintinhos têm seus bicos arrancados por uma lâmina quente que causa dor intensa e deformações faciais. A maioria dessas aves nunca foi capaz sequer de esticar suas asas, pois vivem em ínfimas gaiolas com até outras seis ou sete companheiras. Todos esses animais, especialmente os perus, muito consumidos no Natal, recebem freqüentemente altíssimas doses de hormônios anabolizantes, antibióticos e todo tipo de química para engordarem. Ganhando músculos, dão a impressão de serem animais saudáveis, que viveram uma vida normal e agradável antes de serem abatidos. A verdade é que, muitas dessas aves sofrem de má formação genética ou simplesmente não agüentam o peso sobrenatural de seus corpos doentios sobre as pequenas pernas, vivendo sob o constante sofrimento de possuir um corpo deformado em nome do exigente paladar humano. Às vezes, os perus mais defeituosos chegam a ser mortos a pauladas pelos criadores, que só são capazes de enxergar duas coisas nesses seres: lucro e prejuízo.

A tradição de se comer peru no Natal não faz nenhum sentido, já que nesse dia esperamos celebrar o amor, a compaixão e não simplesmente comer um determinado prato numa determinada data. De nada vale a tradição se não nos lembrarmos o porquê dela ter sido criada. Conscientizando-nos da quantidade de sofrimento que patrocinamos ao comer um pedaço de carne, poderemos então concretizar uma real mudança em nossas vidas e através dela nos alinharmos com a palavra do Cristo, que sempre pregou o amor e o respeito. Neste Natal, siga a mensagem do mestre Jesus. Neste Natal tire o peru da mesa.

"Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência na terra quanto a dieta vegetariana."
ALBERT EINSTEIN