Dentro de uma perspectiva nutricional, uma dieta ovoactovegetariana integral e equilibrada, supre as necessidades diárias com perfeição, tornando o indivíduo um ser feliz e saudável, além de aumentar a imunidade contra várias moléstias como viroses, verminoses, bactérias e todas as infecções causadas pela intoxicação a longo prazo, oriundas da ingestão de carnes e alimentos à base de gorduras animais. Existem muitos casos de hipovitaminoses e anemias em onívoros, o que é quase inexistente em vegetarianos, por terem uma dieta mais variada e menos sedentária.
Existem várias escolas de vegetarianismo, todas elas fundamentadas filosófica e religiosamente. Algumas primam pela ética e promovem a não violência através da alimentação, outras primam pela espiritualidade, outras ainda por questões metafísicas.
Sabemos, mediante documentação histórica, que o hábito de abster-se conscientemente de carnes na alimentação no Ocidente, é cultivado desde a Grécia antiga. A escola Socrática pregava um estilo de veganismo - muitos cereais e quase nada de leguminosas (feijões). A Pitagórica admitia leguminosas que não imitassem a forma do feto(?!). Nas Américas, os Astecas e Maias também tinham hábitos vegetarianos (os sacerdotes iniciados). No Oriente, encontramos escolas bem mais antigas, como a ordem dos Yogues Vaishnavas, Acharyas na Índia, cada qual com uma particularidade específica.
Nossa ciência moderna baseia seus conceitos de nutrição em cima de postulados médicos e fisiológicos com uma tendência ao onivorismo, herança da teoria da evolução das espécies Darwinista, que nos deixa uma enorme lacuna quando a evolução dos seres culmina nos mamíferos. Mas hoje, já temos como saber os hábitos alimentares de nossos ancestrais pelo nosso tipo sanguíneo, e sabemos que estamos em constante evolução biológica.
Nossa escola de nutrição contemporânea prega ensinamentos da dieta ideal aficionada pela famosa proteína (molécula nutriente utilizada em formação de todas as cadeias de tecidos lisos e estriados), criando assim uma supervalorização de tal nutriente e subvalorização de outros tão importantes quanto ele.
Na próxima edição, falaremos sobre as alternativas de proteínas para os vegetarianos, e os prós e contras da tão falada soja na dieta.