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A TERAPÊUTICA MUSICAL

O estudo do efeito dos perfumes, das cores, dos sabores e dos sons, no ritmo do corpo e da mente humana, até onde essas vibrações podem refinar ou prejudicar a personalidade, compõe hoje um capítulo da terapêutica oculta. No campo da música, principalmente, já se chegou a resultados efetivos e concretos quanto à influência dos sons sobre a alma e o organismo dos seres humanos.

Já se chegou à conclusão que a música desarmônica contribui em alguns para provocar e até mesmo aumentar a intensidade dos sentimentos daninhos à psique humana, como o ódio, o medo, a cólera e a inveja. Os sons baixos são os que mais deprimem o indivíduo e, ao contrário, a música suave, melodiosa, delicada, ajuda a digestão, influencia a circulação sangüínea e intensifica o processo energético glandular. Músicas estridentes e desarmônicas, como algumas composições de jazz e de rock, produzem efeitos violentos de agitação e quase loucura. Ao nível consciente, quase não percebemos seus efeitos, mas a música afeta as células, estimulando de forma ordenada ou desordenada o sistema glandular e muscular.

A história bíblica dá-nos um exemplo clássico da influência benéfica da música, quando Davi abranda o gênio irritadiço de Saul tocando uma harpa. O som da flauta, por exemplo, era recomendado pelos antigos para a cura da ciática, como atesta Demócrito ao afirmar que muitas enfermidades encontram um remédio maravilhoso na harmonia das flautas. Na Alemanha, durante uma epidemia chamada "Dança de São Guido", músicos eram contratados par acalmar os doentes por meio de músicas especialmente selecionadas.

No quadro abaixo o Dr. Robert Schauffer sugere uma farmocopédia musical para diversos sintomas.

Naturalmente, isto não é sugerido como remédio infalível para todos os casos apontados, mas, sobretudo como um tratamento auxiliar. A medicina musical pode curar a alma, dissipar a fraqueza, o abatimento mental, auxiliar a má digestão, o processo de nutrição, estimular o crescimento emocional e toda a força criadora do homem.

Agressividade (libertação de sentimentos agressivos)- "Bacanal, de Sansão e Dalila", de Saint-Saens; "Guilherme Tell - Abertura", de Rossini.
Alcoolismo (e suas conseqüências) - Músicas de Bach.
Astenia geral e fadiga intelectual - "O Moldávia", de Smetana.
Cansaço (para obter-se repouso quando se está psiquicamente abalado) - "Concerto nº 1, em Si Bemol Menor", de Tchaikovsky; Valsas, Polcas e Mazurkas.
Ciática (dor de ciática) - Músicas ao som de flauta.
Circulação sangüínea - Músicas suaves, melodiosas e delicadas.
Ciúme e inveja - "Mestres Cantores - Prelúdio", de Dvorák.
Digestão difícil - Músicas suaves, melodiosas e delicadas.
Esgotamento nervoso - "O Carnaval - Prelúdio", de Dvorák; "O Moldávia", de Smetana.
Febre (para abaixar) - Músicas suaves, melodiosas e delicadas.
Glândulas (mau funcionamento; intensificação do processo energético glandular) - Músicas suaves, melodiosas e delicadas.
Insônias - Valsas de Chopin.
Loucura - "Coro dos Peregrinos - Tanhauser"; Wagner(produz resultados surpreendentes).
Medo (dissipação) - Música marcial.
Nervosismo (para atenuar a tensão nervosa) - "Sonata nº 23, em Fá", "A Passionata", de Beethoven; "Noturno, em Fá Maior", de Chopin; "Contos dos Bosques de Viena", de Strauss; "Prelude à l'aprés midi d'un faune", de Debussy.
Otimismo e calma (para começar bem o dia) - "Clair de Lune", de Debussy; "Sonho de Amor", de Liszt.
Preguiça - Valsas, Polkas e Mazurkas.
Receios e ansiedades (libertação) - "Sinfonia nº 1, em Dó", de Brahms.
Sono reparador - "Souvenir", de Ordla.
Surdez (auxílio na) - Músicas de tons baixos e largos.
Tristeza - "Concerto para Violoncelo", de Dvorák; Obras de Chopin.