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ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Otávio Azevedo

Se os cientistas estudassem os princípios da Astrologia, não se espantariam quando fazem certas descobertas. Saberiam que a cara encontrada em Marte, o "Planeta Vermelho", é coerente com a parte do corpo regida por esse planeta, que relaciona-se à energia, ao ferro e à raiva (vermelho); os anéis de Saturno parecem indicar o senso de responsabilidade e compromisso simbolizados por Saturno na astrologia, e não é à toa que no nosso mundo as alianças trazem compromissos; o deslocamento de Urano é completamente diferente dos demais planetas, já ele se desloca pelo espaço rolando (eixo quase paralelo à órbita), o que é coerente com seu papel de apontar situações excêntricas e singulares na astrologia. Saberíamos também que para reger o "nosso inferno" particular - o inconsciente mais profundo - Plutão teria que ser descoberto nos confins do Sistema Solar, sua região mais escura, e num processo de intensa simbiose com sua lua Caronte, formando uma espécie de sistema binário. As relações humanas que se formam sob o simbolismo de Plutão também apresentam características simbióticas e controladoras.

Temos também as fases da Lua, indicando sua regência dos ciclos, e a interessante característica de Vênus que apresenta sempre a mesma face voltada para a Terra quando este planeta forma uma conjunção inferior com o Sol (passa entre a Terra e o Sol). Essa concordância entre a rotação de um planeta (Vênus) e a revolução de outro (Terra) é surpreendente para os astrônomos, que ainda não encontraram uma explicação. No entanto, é bastante coerente com sua representação astrológica dos relacionamentos, já que estes têm a função básica de funcionar como um espelho, onde observamos características nossas (mecanismo de projeção) que não conseguimos manifestar cons-cientemente.

A cada descoberta relacionada aos planetas, vamos encaixando o fato científico ao simbolismo astrológico. Existe uma perfeita sincronicidade em tudo, que pode ser encontrada no mito e na própria existência.

Agora chegou a vez de Netuno. A partir de fotos tiradas pelo telescópio espacial Hubble em 1994, os astrônomos descobriram que a sua atmosfera é muito mais dinâmica do que imaginavam. As imagens de Netuno mostraram no hemisfério norte uma imensa mancha escura que não havia sido registrada nas fotografias tiradas em 1989 pela nave espacial "Voyager-2". Além disso, uma outra mancha escura observada pela nave no hemisfério sul de Netuno não existe mais.

Isto mostra que a atmosfera de Netuno mudou completamente desde 1989. As novas características indicam que, com esse extraordinário dinamismo, a imagem do planeta pode mudar completamente em apenas algumas semanas. Ao se movimentar no céu, Netuno apresenta uma face mutável, que se transforma e modifica como um passe de mimetismo. É um planeta mágico, mutável, enevoado e misterioso, tal como se manifesta na astrologia.

Os pesquisadores se perguntaram por que Urano, também muito distante do Sol e com aproximadamente o mesmo tamanho e características de Netuno, apresenta uma atmosfera tão estática. Nós respondemos: porque Urano não é Netuno... Ora!