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GEOBIOLOGIA:
A MEDICINA DO HABITAT

Allan Lopes Pires

Na atualidade existe uma tendência a reavivar todo o tipo de conhecimento antigo. Um movimento coletivo global está gradativamente redescobrindo e sistematizando o que pensavam e faziam os antigos habitantes de nosso planeta. Com a marca de nossa era, estes conhecimentos não estão vindo como existiam no passado, mas chegam às nossas mãos setorizados, delimitados, cientificamente categorizados, sem a marca da unidade que existia quando foram criados. A harmonização de ambientes é uma parte destes conhecimentos ancestrais que está vindo a tona.

O carro chefe desta linha no Brasil é o Feng Shui chinês que, devido à proposta de beleza, harmonia e eficácia, conquistou o grande público, não sendo mais nenhum mistério. Uma outra vertente do mesmo assunto foi desenvolvida na Europa e atende pelo nome de Radiestesia e Geobiologia, sendo que as duas trabalham com praticamente a mesma base, diferindo nos instrumentos de que se utilizam para diagnose, e nos métodos de neutralização e harmonização das zonas consideradas perturbadas ou negativas.

Na realidade a Geobiologia veio trazer um respaldo científico ao que os radiestesistas já sabiam há séculos e também estudar as novas formas de contaminação ambiental surgidas nos últimos tempos, como a eletricidade, radiações artificiais e todos os transtornos colaterais decorrentes da corrida pelo conforto de nossa sociedade.

Esta ciência teve seu principal impulso a partir da segunda década do Século XX. Seus resultados científicos reproduzíveis fizeram com que seja ensinada hoje em diversas universidades da Alemanha, Suíça, França e Espanha, para citar os principais, e nos diz que a saúde de um indivíduo está diretamente relacionada ao lugar onde este passa muitas horas de sua vida: sua cama, sua mesa de trabalho, seu ateliê, etc.

Foi identificado que na vertical de veios subterrâneos de água, falhas geológicas e outras alterações do solo e subsolo, encontra-se uma perturbação da atmosfera que pode ser medida através da diferença de potencial elétrico ou iônico, dentre outras, que se perpetua independentemente da distância em altura do evento físico propriamente dito, e que estas alterações, por ressonância, influem na saúde e bem estar da pessoa que ali passa um tempo prolongado.

Além destes fatores advindos do subsolo, descobriu-se que o campo magnético terrestre é composto por várias malhas energéticas que cobrem toda a superfície do planeta com linhas que vão de Norte a Sul, de Leste a Oeste, e também linhas de força que correm a 45° dos pontos cardeais. A estas malhas foi dado o nome de seus pesquisadores e descobridores, como rede Hartmann, rede Peyré, rede Curry.

Observou-se que no local onde estas linhas se cruzavam era produzido uma perturbação na atmosfera, à semelhança da produzida pelos elementos do subsolo, e que estas cruzes de linhas de força também afetavam negativamente a saúde dos seres. Viu-se ainda que a intensidade de perturbação era cumulativa, ou seja, quanto mais fatores em uma vertical de rio subterrâneo, falha geológica, contaminação do terreno, cruz de rede Hartmann, cruz de rede Curry, etc, maior seria o potencial patogênico daquele ponto. Aliado a isto, radiações vindas do espaço e a interação do campo magnético terrestre com o de outros corpos celestes próximos, bem como fatores de contaminação ambiental atual como aparelhos eletro-eletrônicos, proximidade de transformadores ou redes de alta tensão elétrica, antenas e aparelhos de telefonia celular, tudo isso pode piorar o quadro, levando o indivíduo que habita um local assim à disfunção homeostática, que poderá se manifestar sob diversas formas de doenças, leves inicialmente, como dores de cabeça, distúrbios do sono, náuseas, ou, acentuando-se, de uma forma mais grave, como câncer, depressão, doenças degenerativas do sistema nervoso e endócrino, etc.

Torna-se portanto de vital importância descobrir tais focos de alteração cosmo-telúrica, evitá-los ou harmonizá-los e, em seguida, potencializar a intensidade vibratória e o nível biótico do ambiente. Para isso, diversos métodos são empregados para detectar a presença dos fatores patógenos, cada um com maior ou menor eficácia dependendo da situação a que se aplica.

A Geobiologia Druida é uma técnica que parte do princípio que assim como os alimentos, os lugares devem proporcionar energia e vitalidade às pessoas para que elas descortinem seu potencial interno e concluam com saúde e harmonia os objetivos a que se propõem, e não tenham a todo momento que estarem vinculadas a um local patogênico e danoso, que em nada contribui para seu desenvolvimento.