Artigos

A RADIESTESIA COMO DIAGNÓSTICO

Paulo César Vianna

O termo "Radiestesia" vem de radius, que significa radiação, combinado com aesthesis, que em grego quer dizer sensibilidade, ou seja, sensibilidade à radiação. Pode-se dizer que a radiestesia é tão velha quanto o próprio homem.

Exploradores descobriram, grosseiramente esculpidas em cavernas dos Pirineus, provas de uma prática que permitia aos caçadores da época pré-histórica paralisar a caça para poder em seguida capturá-la mais facilmente. Estes desenhavam sobre as paredes das suas habitações a forma do animal previamente avistado em uma de suas caçadas e uma mão estilizada, colocada normalmente sobre o flanco do animal, que marcava a vontade e a força do homem sobre a sua presa. Depois, traçavam feridas mortais sobre este desenho, matando assim o animal em efígie, para se assegurarem de que, no dia da caça, o animal previamente encantado, seria capturado de fato.

Foram descobertos nas cavernas de Tassili, Noroeste da África, quatro painéis pré-históricos. O teste do carbono 14 demonstrou que estas pinturas rupestres tinham mais de 8.000 anos e, em um desses painéis vê-se um feiticeiro, rodeado por seus companheiros, supostamente fazendo prospecção de água com uma vareta.

Um baixo relevo da época da dinastia Han, encontrado na província chinesa de Shandong, mostra o imperador Yü com um instrumento semelhante a um diapasão. Yü, que nasceu em torno do ano 3000 AC, era célebre descobridor de jazidas minerais, objetos ocultos e profundo conhecedor das águas subterrâneas, cujos veios descobria facilmente para saciar a sede de seu povo.

A Bíblia, faz numerosas alusões ao uso da vareta radiestésica, chamada pelos Hebreus de "vara de Jacó". O mais famoso radiestesista bíblico foi Moisés, que no deserto do Sinai encontrou água em Horeb com seu cajado.

Anteriormente aos hebreus, os egípcios já se utilizavam da radiestesia, como atestam os pêndulos e varetas encontrados em sarcófagos do Vale dos Reis. Os egípcios conheciam o segredo das ondas nocivas telúricas do subsolo, pois dominavam a arte de potencializar estas ondas, e conheciam o processo de tornar nocivo um lugar são e também de se imunizar contra essa nocividade.

Entre os romanos, a vareta radiestésica, que eles chamavam de "Virgula Divina" ( vareta divinatória ), foi muito usada para descobrir águas subterrâneas para suas tropas na Gália e na Germânia. As legiões eram precedidas por portadores de varetas, cuja a missão era encontrar águas subterrâneas necessárias para o consumo das tropas. Supõe-se que as fontes termais romanas tenham sido descobertas por métodos radiestésicos.

Na idade média, a radiestesia foi bastante utilizada na prospecção de minério. Os mineiros usavam varetas (forquilhas) de diferentes árvores para a busca de minérios como aveleira para a prata, freixo para o cobre, pinheiro negro para o chumbo e o estanho, ferro para o ouro.

O uso da vareta na prospecção mineral e na busca de água, foi condenada pela Igreja Católica e pela Ciência durante muito tempo, pelo fato de se atribuir aos rabdomantes (como eram chamados os radiestesistas) a manipulação e o envolvimento com forças sobrenaturais e espíritos diabólicos.

Muitas teorias foram elaboradas para explicar os movimentos dos pêndulos e das varetas de prospecção, mas muitos acreditavam que o fenômeno radiestésico ocorria por ações sobrenaturais mas a Igreja considerou a radiestesia uma heresia, pois o pêndulo e a vareta "eram movidos pelo demônio".

Entretanto, diversos padres se voltaram ao estudo da "Virgula Divina", mantendo praticamente entre as paredes dos templos e dos mosteiros, procurando mais usá-la do que divulgá-la.

No final do século XVII, a rabdomancia, assim denominada a antiga radiestesia, espalhou-se por toda a Europa. Em 1688, na França, o rabdomante Jacques Aymar criou fama por sua habilidade em descobrir coisas e desvendar casos policiais através da rabdomancia.

Radiestesia e Atitude Mental

Vivemos num oceano de radiações, as quais não percebemos. Eflúvios invisíveis, radiação elétrica, eletromagnética e polaridades emanam de todas as coisas, constituindo o ser humano num detector vivo, usando nossos diversos níveis de consciência para sintonizar as mais variadas vibrações.

As respostas obtidas provém do próprio operador, do inconsciente coletivo, da chamada memória da natureza (registros akáshicos) ou ainda, mente divina, inteligência cósmica ou qualquer nome que se possa dar à suprema força pensante criadora do Universo, no qual o radiestesista funciona como um sensibilíssimo ressonador.

O Akasha corresponde à região etérica e tem a propriedade de gravar todos os sons e imagens ocorridos em seu campo de ação. Toda matéria possui Akasha e grava todos os fatos a sua volta. O Akasha contém a memória da natureza.

Em 1939, com o uso da câmara fotográfica lenta, demonstrou-se que o radiestesista cria inconscientemente o movimento pendular através de uma ação neuromuscular.

Yves Rocard, professor da Faculdade de Ciências de Paris, descobriu que o corpo humano possui sensores magnéticos que podem detectar variações de campo magnético muito sutis, funcionando do seguinte modo: os sensores magnéticos registram as variações do geocampo e enviam um sinal para o cérebro e este, por uma ação reflexa neuromuscular, promove uma micro-concentração das miofibrilas dos dedos, movimentando o pêndulo.

Com um instrumental simples (pêndulos, varetas, aurameteres, etc) o radiestesista decodifica as informações obtidas em forma de padrões energéticos. A mente funciona como elemento decodificador.

É importante para o êxito de uma pesquisa, que o operador saiba se utilizar de seu psiquismo, assumindo atitudes mentais adequadas. Uma boa orientação mental sempre ajudará na confecção e valorização de testemunhos, na perfeita recepção dos raios radiestésicos e na correta interpretação dos resultados obtidos.