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COMO EXPANDIR A CONSCIÊNCIA?

Déborah Sachs

Já que vamos trabalhar com expansão da consciência, seria natural que pudéssemos conceituar o que significa a palavra "consciência", o que não é tão fácil assim! Etimologicamente falando, consciência vem do latim e significa "saber com"... Isso explica alguma coisa? No meu entender, não!

Diversas disciplinas tentaram definir consciência, sem sucesso, pois na realidade estavam falando de suas propriedades, de seu objeto de referência, do seu campo de atuação, de quem a experimenta ou testemunha, de sua característica filosófica, de sentimentos, de sensações, de possíveis sinônimos, e até mesmo de paralelos entre consciência e percepção. Mas nada disso levou a nenhum conceito, mesmo porque sabemos que muitas de nossas percepções inconscientes nos chegam como estímulo, são processadas e reagimos a elas de forma consciente. Exemplo disso são os flashes de palavras ou figuras feitos de forma subliminar.

Já a física quântica assevera que a consciência é "non-local". Teria sido por isso que ninguém foi capaz de defini-la a contento, na impossibilidade de fechá-la num bloco conceitual ou num laboratório de resultados palpáveis?

Robert A. Monroe nos afirmava que: "A maior ilusão do ser humano é a de ter limites"! Estaria ele indo de encontro às conclusões quânticas?... Acredito que foi exatamente isso o que ele achou, pois percebeu que a consciência não se limita ao nosso corpo nem ao nosso espaço físico e muito menos ao nosso tempo conceitual.

Também dizia: "Não acredite no que eu afirmo. Vá lá, e descubra por você mesmo"! Isto foi deduzido depois de muitas experiências que elaborou, onde diversas pessoas vivenciaram os sons Hemi-Sync, e perceberam que somos muito mais do que apenas um corpo físico.

Durante os últimos quarenta anos, pesquisadores de todo o mundo têm demonstrado que várias freqüências de ondas cerebrais (Alpha, Beta, Theta, Delta) estão associadas a alterações específicas tanto na consciência quanto na fisiologia. Em geral, freqüências mais baixas são acompanhadas por maior expansão da consciência e um relaxamento mais profundo do corpo físico.

Nossa cultura, por sua vez, vem privilegiando mais a utilização do hemisfério esquerdo do cérebro, ou seja, nosso lado mais racional, lógico, calculista, o nosso "TER". Não há um balanceamento com a valorização do hemisfério direito do cérebro, responsável pela nossa intuição, criatividade, pendor artístico, o nosso "SER". E ao usarmos mais uma parte do cérebro do que outra, ou seja, quando não fazemos um uso equilibrado de todo o nosso cérebro, estamos desequilibrando também as nossas percepções. Não estamos ativando o cérebro como um todo!

O que precisamos expandir, portanto, é o acesso global de nossas percepções, sejam elas de qualquer tipo, origem ou nível , para assim ficarmos mais bem habilitados para as nossas escolhas de vida. Entre as técnicas elaboradas neste sentido, os sons Hemi-Sync propiciam este trabalho dos dois hemisférios cerebrais em uníssono. O resultado disso é uma ampliação da percepção, intensificando nossas habilidade de concentrar nossa atenção de forma mais efetiva, completa, utilizando o cérebro como um todo.