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A PROPOSTA DA ASTROLOGIA

Vanessa Tuleski

Praticada há milênios, a astrologia possivelmente teve origem na antiga Caldéia. Com seus assombrosos conhecimentos astronômicos, os caldeus conheciam os planetas até Saturno. Conheciam muito bem as fases da Lua, prevendo com precisão os eclipses. Foram eles que, traçando os limites na eclíptica, dividiram-na em doze porções, que se tornaram os doze signos do zodíaco. Os caldeus perceberam que determinadas épocas ou signos se relacionavam a certos traços de caráter, e com isso criaram toda a base da simbologia que hoje é a astrologia.

No início, a astrologia era bastante utilizada para prever catástrofes, períodos de bonança, dificuldades, épocas para se realizar grandes eventos e coroações. Aos poucos, os astrólogos começaram a traçar os mapas de seus reis - tendo alguns, inclusive, previsto mortes, fracassos e consagrações. Com o tempo, a astrologia passou a ser aplicada a pessoas comuns, a fim de se estudar a sua personalidade, história e potenciais. Nesse início de milênio o interesse pela astrologia se amplia, mas grandes também são as dúvidas e os mitos - a maioria falsos - que a envolvem.

Pode-se definir astrologia como um sistema simbólico que observa a relação entre o macrocosmo (os planetas) e o microcosmo (o indivíduo na Terra). Quando um indivíduo nasce, o céu reflete determinadas características que são únicas naquele momento. Essas características irão compor a base da personalidade do indivíduo. Essa será a sua carta astrológica, repleta de potencialidades. Existe um forte engano de que a astrologia é um sistema de adivinhação ou de sorte, e que ela revelaria um destino completamente traçado. Nada mais falso do que isto. A astrologia sempre deixa um grande espaço em aberto para o indivíduo. Na verdade, ela aponta tendências, mas cabe ao indivíduo direcioná-las.

De fato, uma pessoa é seu mapa astral, mas ela também tem livre arbítrio para utilizar todas as características indicadas por ele. Somente pelo mapa de alguém você não pode saber se a pessoa será famosa, rica, triste ou alegre. Isso são coisas que vão depender dela, e não do mapa que ela tem. Mas você pode encontrar tendências, talentos e possibilidades. É de todo esse potencial que o astrólogo se ocupa.

E ele se depara com minúsculas características de caráter, assim como de grandes tendências. Ele lê o mapa astral da pessoa em todos os seus detalhes, mas, no final, sua grande tarefa é sintetizar o todo e trazer algum tipo de compreensão para aquela pessoa, ajudá-la de alguma forma. Para tanto, é importante que ele exerça a sua profissão com isenção, despindo-se de preconceitos e tentando ver a realidade daquela pessoa - e todos os seus infinitos potenciais - com toda a pureza e com o firme propósito de revelar àquela pessoa algo valioso sobre ela mesma.