Artigos

MISTÉRIOS DO ANTIGO EGITO

Paulo Jorge Neves Iannuzzi

A humanidade vivencia atualmente um aspecto assaz interessante da sua trajetória cósmica no planeta Terra. Neste momento de "Transição de Eras" ocorre um renascimento e uma redescoberta de valores, conceitos e "ciências tradicionais" de antigas civilizações, moldados ao nosso momento. Destas civilizações, eclode das areias do deserto a mais "milenar" de todas: a civilização egípcia. Não somente pelo eterno mistério que a envolve, mas pelo profundo significado de suas ciências e tradições ocultas. O ponto mais fascinante, com certeza, é a análise entre as interpretações históricas, arqueológicas e o conhecimento da parte "oculta", muitas vezes discordantes. Segundo algumas escolas de mistério, que tradicionalmente se originaram justamente no Antigo Egito, a verdadeira história cronológica, cultural e principalmente científica e ritualística das terras de Khan (como era conhecido o Egito em seus áureos tempos), é, no mínimo, bem diferente do que rezam os livros de história e tratados de Egiptologia Científica.

Na aurora de uma nova Era, onde religião e ciência se fundirão, a redescoberta do Eu interior (busca da auto-realização), coaduna com a filosofia e a ciência hermética egípcia; pois Khan não consistia apenas num punhado de monumentos, templos, obeliscos e hieróglifos. Khan era uma terra em que os tribunais, dos sacerdotes ao faraó, sabiam "ler" na aura e na rotação dos chacras do réu, as "manchas" denunciantes de sua acusação. Lugar em que o estudo e aplicação da radiônica, psicotrônica e cristais (juntamente com símbolos sagrados e mandalas), só encontrou paralelo na sua antiga mestra, da qual foi colônia: a Atlântida. Atualmente, só os estudiosos mais ortodoxos sustentam a já superada tese de que as pirâmides, principalmente as do complexo de Gizeh (Quéops, Quéfren e Miquerinos), são apenas túmulos. Ora, qualquer navegador sideral, em qualquer parte da galáxia pode localizar a Terra por esta "antena" conhecida como Pirâmide de Khufu (Quéops). Esta é uma das inúmeras funções da forma piramidal de base quadrangular, objeto de tecnologia extraterrestre, introduzido na Atlântida, representativo do quaternário da forma, buscando no seu ápice a comunhão cósmica.

Em Khan, os Templos eram construídos segundo princípios cósmicos e telúricos, obedecendo aos conceitos da "Geografia Sagrada", e sua estrutura estava de acordo com a anatomia oculta do ser humano. Lugar onde era lei, principalmente por parte da classe sacerdotal, a elaboração dos três círculos energéticos de proteção contra emanações de polaridade negativas oriundas não só de pessoas com forte poder mental, mas também dos Afrits (larvas, miasmas e demônios de grande poder do astral inferior). O "Contra-egum", objeto dos cultos "Afro" (Candomblé, Umbanda e etc.), consiste num pequeno cordame colocado um pouco abaixo do umbigo e nos braços. Será coincidência a utilização por parte dos sacerdotes e, principalmente dos faraós, de pequenos cintos e braceletes exatamente nas mesmas regiões, somando-se a isso uma fivela com determinados símbolos hieroglíficos emanadores de um campo energético?

As iniciações nos templos de Karnak, Denderah, Abydos, Annu (Heliópolis), etc, que continham experiências projetivas da consciência, apresentação aos cinco elementos (Éter, Fogo, Terra, Ar e Água), identificação e atuação sobre espectros e outras formas do astral, eram duras provas pelas quais o vitorioso ouvia a voz de Harmarkis (Esfinge), tendo assim permissão para passar pelo 3º Portal do Amentis (Plano Astral), não raro, alcançando a iluminação, prestando, desta forma, reverências à Cruz Ansata (ANKH) sob os olhares de Osíris e Ísis. Em contrapartida, aquele que não alcançava o grau a que se propôs, na maioria das vezes perdia a vida entre as paredes, tanques com água ou no fogo, perdido nos corredores e câmaras subterrâneas dos templos e das pirâmides. Bem diferente dos dias atuais onde, por parte dos incautos, qualquer "espirro" chega a ser um "Processo Iniciático".