Artigos

A BABOSA E SEUS USOS TERAPÊUTICOS

Octavio Gravino Filho

Cada vez mais as pessoas do mundo inteiro, desgastadas, sobretudo, com os danosos efeitos colaterais das drogas da alopatia, estão se voltando para o natural, ou seja, o que a natureza lhes oferece espontaneamente.

Neste sentido, temos o magnífico trabalho desenvolvido pelo Frei Romano Zago, no sul do país. Através da ingestão de uma mistura caseira de folhas de Babosa, mel e bebida alcoólica, ele comprova curas de sérias enfermidades, indicando nomes e endereços dos que conseguiu recuperar. Não é à toa que seu livro "Câncer tem cura", escrito em 1997, já está em sua 28ª edição.

Muitos acreditam que a Babosa é nativa do Brasil. Puro engano; sua origem, com o nome técnico de Aloe-Vera (verdadeiramente amargo), é das regiões quentes e semi-áridas das Áfricas Oriental e Meridional. Pertencente à família das liliáceas, apresenta-se na natureza em mais de 300 espécies, sendo a mais utilizada a Aloe Barbadensis. Suas folhas suculentas são constituídas de 96% de água e 4% de complexas moléculas de nutrientes, todos indispensáveis ao organismo humano.

De acordo com pesquisas científicas realizadas, a planta para ser utilizada tem que estar "madura" (com, no mínimo, 4 anos de idade) para que seus ingredientes ativos tenham valor medicinal.

Desde 1930, tanto na Rússia como nos Estados Unidos, a Aloe-Vera vem sendo estudada, sempre com surpreendentes resultados, devido às suas propriedades de inibidora da dor, antiinflamatória, cicatrizante, queratolítica, antibiótica, regeneradora celular, energética, nutritiva, digestiva, desintoxicante e reidratante.

O uso tópico da BABOSA - para inúmeros problemas de pele e cabelos, assim como para uso veterinário - sempre foi do conhecimento de todos, porém, recentemente, descobriu-se também os benefícios de se beber o gel da Babosa, com resultados excepcionais no tratamento de diversos males como artrite e reumatismo, diabetes, enfisema pulmonar, enxaqueca, glaucoma, gastrites, úlceras e problemas circulatórios, de pressão arterial, de rins e vesícula, de próstata, além de eficaz auxiliar nos tratamentos do câncer e da AIDS.

É importante observar que a Babosa não deve ser ingerida com a casca, uma vez que esta possui uma substância chamada aloína, excelente para usos tópicos, porém de ação purgativa e abortiva quando ingerida, contra-indicada para mulheres grávidas e crianças. A casca das folhas contém ainda elevados teores de celulose e o nosso organismo não possui enzimas digestivas apropriadas para digerir essa substância, podendo provocar gastrites e úlceras.

Atualmente encontramos em nossa cidade esse produto natural, já pronto (embalagem de 1 litro), fabricado por empresas nacionais e estrangeiras, que disputam esse promissor mercado, tendo em vista a crescente procura ao gel de Babosa como complemento nutricional, sobretudo, pelo seu caráter preventivo às doenças. Cuidados serão sempre necessários e indispensáveis sobre o controle de qualidade, garantia e, principalmente, sua procedência.