Apesar de tratar-se de uma abordagem científica e sem nenhuma referência à Astrologia, o artigo que reproduzimos abaixo parece trazer uma explicação do funcionamento da Astrologia a partir da Física. Trata-se de uma entrevista publicada na revista "Século XXI - Ciência e Tecnologia", da Rússia, e abordada com destaque no "II Congresso Internacional Gurwitsch", realizado em Moscou, em Setembro de 1999. A revista, em sua edição de Novembro de 1999, apresenta a entrevista concedida por um dos organizadores do congresso, o Dr. Vladimir Voeikov, que comenta o que um físico russo - Dr. Simon Shnol - que nada tem a ver com a Astrologia e sim com a Física Pura, apresentou em relação à área da Biologia, assunto que era a finalidade específica do referido Congresso.
P - Podia nos dizer alguma coisa a respeito do Congresso que você organizou em Moscou (O "II Congresso Internacional Gurwitsch")?
R - O Congresso foi organizado pelo Instituto Internacional de Biofísica e seu fundador, Fritz Popp (da Alemanha), a ele compareceu como o líder inconteste que é nesse campo.
O congresso contou também com a ativa participação da Faculdade de Biologia da Universidade de Moscou, que foi indicada pelo reitor da Universidade para providenciar a sua
realização. Ele, o reitor, também muito contribuiu com todo o suporte necessário para o êxito de sua realização.
P - Conversei, hoje, pessoalmente com o Dr. Fritz Popp e ele está muito impressionado com o interesse e o comprometimento que a Universidade de Moscou
vem demonstrando por esse tipo especial de pesquisa nessa área. Quais foram os mais importantes desenvolvimentos e avanços nesta área
e os mais importantes trabalhos apresentados no decorrer do Congresso?
R - Eu diria que o mais importante desenvolvimento a comentar atualmente não se pode dizer que esteja diretamente ligado à Biofotônica ou ao campo de pesquisa de Gurwitsch. Estou me referindo ao trabalho de Simon Shnol. Para mim, ele não parece apenas ser um artigo importante, mas o mais importante de todos os que foram apresentados no congresso. Ele foi publicado em 1999, no Uspekhi Fisicheskikh Nauk, um dos nossos mais respeitados jornais de Física, na Rússia. Houve uma quantidade enorme de discussões sobre esse artigo entre os físicos da Rússia, ainda antes mesmo que ele tivesse sido publicado, mas hoje há uma grande expectativa quanto a ele e suas conseqüências.
O trabalho de Shnol demonstra que o tempo é heterogêneo. Não é o tipo de tempo descrito por Newton, que parecia ser uniforme, homogêneo e linear. Segundo o que Shnol descobriu e constatou, cada momento no tempo é completamente diferente de qualquer outro e isso pode ser constatado em qualquer processo físico que esteja sendo estudado. Os resultados de sua pesquisa de vários anos, demonstra que essa diferença é nada mais do que Informação, podemos dizer, Informação Cósmica, que afeta todo e qualquer processo ou sistema na Terra (e também em todo o Universo). Isto é de uma importância absurdamente incomensurável. Nós (o Universo) não somos apenas um "sistema aberto" de matéria e energia não estruturadas e aleatórias, como até então era considerado. Nós (o Universo) somos um "sistema aberto" interconectado e totalmente estruturado por Informação Estruturada!
P - O próprio Universo?
R - Sim! Informação do e para o próprio Universo, informando que existe Ordem. E essa Ordem é muito complexa, mas nós nunca tínhamos, até então, percebido que a todo
momento de nossas vidas estamos recebendo informações e instruções provenientes do Cosmos. Assim, isto é, para mim, a coisa mais importante que foi descoberta, porque
sem esse tipo de coisa, nenhum campo biológico poderia existir e, por conseguinte, nenhum ser vivo, nem nós mesmos. Alguma Ordem inicial vem de fora (outside). Nada vem
do Nada. Alguma coisa sempre foi ordenada. Assim, Shnol demonstrou e nos mostrou que tal coisa existe. Nós ainda não podemos explicar, no momento atual, exatamente
o que é ou exatamente de onde provém essa Ordem, mas já temos a mais plena certeza de que não se trata de um fenômeno a nível local, mas a nível cósmico.
P - Como entendi, o trabalho de Shnol demonstra que espécies similares de variações temporais estão ocorrendo numa enorme variedade de gamas de medições físicas, feitas simultaneamente
em diferentes locais da Terra?
R - Exatamente! Recentemente, Lev Beloussov e eu, testamos isso com medidas realizadas através de fotomultiplicadores. Beloussov estava no Laboratório de Fritz Popp (na Alemanha) e eu estava aqui, em Moscou. Nós interconectamos telefonicamente nossos fotomultiplicadores e analisamos o que acontecia num determinado instante quando os ligávamos simultaneamente. Nós fornecemos os dados de nossos experimentos para Shnol e ele nos afirmou que os dados correspondiam exatamente ao que ele previra e que conferiam exatamente com o que era esperado de ser encontrado.
1. Não se trata de energia e sim de informação e esta, jamais seria detectada por qualquer tipo de aparelhagem existente na Terra para captar uma emissão de Energia.
2. O vetor, o condutor dessa informação é, nada mais, nada menos, do que o tempo, a passagem do tempo.
3. Se ainformação chega num nível fraco ou forte, o que interessa mesmo é que a informação chegue ao seu alvo e seja entendida. Por exemplo, se eu pegar um telefone e ligar para Brasília, por exemplo, e disser para o meu interlocutor: "Aqui em Curitiba está chovendo", se a transmissão telefônica estiver alta e clara, sem nenhuma interferência (ruído, em termos técnicos) ou se a transmissão telefônica estiver bem fraca e cheia de interferências, quase ao nível do limiar da audibilidade do interlocutor, mas ele entender a mensagem, no final importa mesmo é que a informação- Em Curitiba está chovendo - tenha chegado até ele e que ele a tenha entendido, e não o nível da transmissão.
Face ao acima exposto, tenho a mais firme convicção de que esse trabalho do Dr. Shnol - um trabalho científico, da área da Física - nada mais é do que a comprovação e a explicação da validade da Astrologia e este assunto deveria ser divulgado ao mundo, devido à sua importância.
Resta-nos saber de onde proviriam essas informações aludidas no artigo, conduzidas pelo tempo. Vou tentar resolver essa questão a partir de um pensamento especulativo, mas muito lógico, deduzido de tudo o que acima foi exposto: - Não seria proveniente de Deus, do Grande Arquiteto do Universo, da Mente Cósmica ou de qualquer outra coisa com qualquer outro nome que esse conceito tão caro à humanidade queira significar, seja lá o que for? Não seria isso, talvez, Sua própria assinatura, como se dissesse: "Eu existo!"e agora, somente agora, estaríamos começando a conseguir "ler" Sua Mensagem?
Newton Milhomens Filho é professor de Física.
