O advento do ano 2000 tem sido alvo de inúmeras especulações, algumas apocalípticas outras messiânicas. É certo que a mídia tem colaborado (e muito) para estas posturas, até porque, do ponto de vista comercial, há bastante lucro neste processo. Sendo ou não a virada do século ou do milênio, o ano 2000 é um marco especial na vida das pessoas.
Do ponto de vista astrológico nada há de especial para ano 2000 em particular, pois os eventos astrológicos não acompanham necessariamente esta onda, até porque o ano astrológico começa em março e, se tivermos que numerá-lo, devemos nos reportar a formação de nosso sistema solar.
Porém, isto não quer dizer que este momento não é interessante e importante. Sem dúvida o é, mas num contexto menos pontualizado e mais seqüencial. Ou seja, o ano 2000 em si será mais um ano na seqüência das transformações por que passa a humanidade. E, quando falamos em humanidade, coletividade e assim por diante, temos que nos reportar aos planetas transaturninos (Urano, Netuno e Plutão), pois cumpre a eles o papel de levar a humanidade aos novos estágios de evolução, seja por bem ou por mal.
Portanto, em 2000, precisamente não existem fenômenos astrológicos de maior monta (neste sentido), apenas continuações e interferências das grandes conjunções deste fim de século. Há sim, a conjunção de Saturno e Júpiter e a concentração de planetas em Touro. Isto tem significado, sem dúvida, mas não podemos fazer a apologia de uma nova era em cima de eventos que se repetem com muita freqüência (a conjunção Saturno-Júpiter se repete cerca de cada 20 anos e a concentração de planetas também é freqüente).
Para termos uma antevisão de 2000 temos que avaliar o que vem acontecendo nos últimos anos e conjugarmos com os eventos astrológicos pontuais de 2000. Já para uma visão de futuro mais longínquo, precisamos entender as bases das transformações e inovações que foram "deflagradas" pelas grandes conjunções dos transaturninos.
A Empresa do Novo Milênio deverá se adaptar a estas influências para poder alcançar o sucesso.
Inicialmente dois grandes eventos merecem nossa atenção, a conjunção de Urano com Plutão (1965/66) que marcou toda a década de 60, indicou o avanço tecnológico como nunca havia acontecido, a informática passou desde então a ser cada vez mais uma ferramenta imprescindível à administração dos negócios e empresas. Porém, mais do que o avanço tecnológico, houve uma verdadeira alteração nos valores sociais, no sentido de maior liberdade. Aliada a esta conjunção ocorria um sextil de Netuno com Plutão, deflagrando a necessidade do desenvolvimento de uma mentalidade ecológica e naturalista. Assim aconteceu e de maneira irreversível. Em 1992/93 outra grande conjunção merece destaque, Urano com Netuno, alterando profundamente as relações do capital com o trabalho, notadamente através da efetivação dos Mercados Comuns (Urano=mercado, Netuno=comum) e da não menos importante "Internet". Após isto, Plutão ingressou em Sagitário, Urano e Netuno em Aquário e configurou-se definitivamente a Globalização.
A empresa do novo milênio terá que se inserir neste contexto, que tem como base um novo tripé: globalização, ou seja, queda de fronteiras; Internet, ou seja, uma nova forma de comercialização, que não depende de fatores necessariamente geográficos; e ecologia, no sentido da integração do homem com a natureza.
Isto é mais do que uma simples mudança no sistema administrativo, é mudar a forma com que as pessoas sentem e o que elas valorizam.
É uma verdadeira revolução, única após a revolução industrial. Podemos afirmar que agora está ocorrendo a revolução comercial, pois as relações humanas e do homem para com o mundo e a natureza mudaram definitivamente. Não há mais espaço para falta de qualidade de produtos e serviços (na verdade, qualidade não é mais diferencial nenhum, é pressuposto de existência empresarial), não há mais espaço para atendimento displicente ao cliente (atender satisfatoriamente um cliente também não é mais diferencial, é pressuposto de existência) e, por fim, não há mais espaço para inércia, pois a dinâmica das transformações empresariais corre na velocidade do tráfego de informações, que, em última análise, é imediato.
O que mais vale às empresas atualmente são as informações. Num sentido prático, a empresa de sucesso é aquela que melhor trabalha com as informações, tanto no sentido de estar capacitada a receber quanto a dar informações.
O mundo se virtualiza em sua forma e se aprofunda em seu conteúdo. Isto é messiânico, mas é verdadeiro e, mais do que nunca, é vital à subsistência empresarial.
Assim, a Empresa do Novo Milênio não trabalha por coisas que estão em decadência, nem tem uma postura retrógrada. Isso não significa ter um desprezo pelo passado, mas sim considerá-lo como um aprendizado para as atitudes futuras. Esta empresa está voltada (sempre) para o futuro, preparando-se para o que há de vir, com uma perspectiva de sucesso.
O Empresa do Novo Milênio está ciente de que muitas das atuais regras não funcionam mais para sistemas econômicos desordenados, e que uma nova ordem econômica, política, organizacional e social está surgindo e se impondo. A economia anterior ao advento destas conjunções estava com sua estrutura comprometida, calcada em valores decadentes, e novos valores estão se impondo.
Esta empresa, com "E" maiúsculo, está alinhada com uma nova percepção de valores, onde está presente como pedra fundamental a satisfação das necessidades internas do indivíduo. Deste modo, estará cooperando para uma nova ordem econômica mundial, buscando enriquecer os patrimônios reais da vida em serviços inestimáveis à coletividade.
Enfim, o novo milênio se apresenta com inúmeras contradições, mas com uma certeza: a maior riqueza que a Terra possui é o ser humano e não há como desenvolver uma empresa sem que ela atenda às necessidades do ser humano, em toda sua complexidade e extensão. O ser humano não é mais um ponto isolado e sim uma parcela do todo chamada humanidade.
A Empresa do Novo Milênio é dirigida ao real crescimento dos seres humanos.
Maurício Bernis é Astrólogo e Consultor de Empresas especializado em Estratégia Empresarial e Marketing. Fundador da Planum Consultoria Empresarial, empresa de consultoria astrológica empresarial.
