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EM BUSCA DE UMA PSICOLOGIA ESPIRITUALIZADA

Maria Lúcia A. Pessoa

O momento que atravessamos mostra-se como uma época de transição acompanhada de grandes modificações, que se apresentam em todos os campos de atividade humana, mas não resta dúvida de que onde mais se percebe e nos chama atenção são nas atitudes psicológicas da humanidade.

Tudo o que acumulamos como medidas de avaliação de nossas propostas de vida vêm sofrendo intensas variações, causadas, não só pelos fatores do meio em que vivemos, como principalmente pelos impulsos que são contidos no nosso espírito.

Nesse tumulto de mudanças e inovações, a Psicologia tem buscado caminhos que vêm se expressando de forma sutil com a finalidade de auxiliar o homem inquieto do nosso tempo; mas percebe-se que desde as heranças freudianas e junguianas, até as mais recentes escolas, o caminho ideal ainda não foi encontrado.

A quantidade de problemas e doenças, no campo psicológico e emocional, tem aumentado consideravelmente, não obstante estudos, pesquisas e avaliações que têm sido feitos incessantemente.

Também constata-se que doenças e problemas que antes se apresentavam em determinadas faixas etárias hoje, indistintamente, cada vez mais e com mais freqüência se apresentam em todas as idades, independente das justificativas dadas anteriormente.

Do ponto de vista esotérico sabe-se que as doenças se devem a um estado de desarmonia e desequilíbrio entre o "Si" que é o verdadeiro ser e os seus veículos de expressão. E é isso que produz um desarranjo na sincronia voluntária entre as energias dos vários níveis psíquicos do homem. Logo. é sair do estado passivo, condicionado e inconsciente de identificação com o estado ilusório para chegar ao estado de plena consciência.

Assim, poderemos dizer que os conhecimentos psicológicos dos dias atuais já permitem que possamos abordar o psiquismo sob dois incontestáveis aspectos: 1)- a zona que parece, em determinado momento, com o corpo físico, a zona consciente, a zona que define a personalidade; 2)- o aspecto representado pela zona inconsciente imortal, de específica e desenvolvida estruturação, compreendendo a zona espiritual que responde por nossa individualidade.

Ora, a Psicologia Transpessoal nasceu diante da descoberta da existência dos diversos estados de ampliação da consciência conhecidos como experiências místicas, ou mesmo em face dos fatos paranormais. E está arrecadando métodos espiritualistas para sedimentar seus alicerces. E aí tem procurado experiências e provas a fim de explicar os estados especiais da consciência através do eletroencefalograma (no estado alfa, biofeedback - retroalimentação), nas equações de psicanálise, no hipnotismo, na yoga, etc... e ainda nos estados de consciência relacionados ao uso do LSD, mescalina, e, ainda, em muitos outros estados alucinatórios do dia a dia.

O pensamento psicológico dos nossos dias ainda não se encontra maduro para entender tais problemas. O que nos leva a pensar que, nos dias atuais, devemos colocar o Espiritualismo como um dos pilares construtivos do psiquismo humano e, como tal, razão inconteste da nossa evolução. Logo, não podemos deixar de pensar na busca - não de um espiritualismo cego, mas de um espiritualismo atuante, direcionado, experimentado (científico) que possa se aliar à Ciência Psicológica na busca de técnicas mais adequadas ao Homem da Era Atual ou mesmo da Nova Era, para a qual caminhamos, objetivando com isso buscar soluções mais rápidas e eficazes aos problemas constatados, conseqüentes do mundo atual.

Daí, vê-se a necessidade de técnicas como Hipnose e Regressão de Memória, por serem estas mais abrangentes, além de poderem oferecer resultados eficazes em um prazo mais curto.

Maria Lúcia A. Pessoa é psicóloga, pós-graduada em parapsicologia pela faculdade de ciências biopsíquicas do Paraná.